O que está In e Out na decoração em 2021

Curiosa/o para saber quais as tendências este ano no que diz respeito à decoração? Nós contamos tudo!

A pandemia veio influenciar a nossa vida quotidiana e com isso a forma como vivemos as nossas casas. Mais tempo passado dentro de casa significou grandes mudanças e adaptações necessárias ao espaço que habitamos. Antes do Covid 19 frequentávamos ginásios, escritórios, restaurantes, cafés, transportes públicos ou privados, enfim, fazíamos uma vida inteira praticamente fora de casa e ao final do dia, na maioria das vezes, regressávamos ao lar apenas para dormir. A realidade mudou e fomos obrigados a passar 24 h por dia em casa o que nos obrigou a fazer de um só local o nosso escritório, o nosso ginásio, o nosso restaurante, e o nosso lar!

Modelos de casa que anteriormente nos serviam deixaram de o servir. Tivemos que readaptar, olhar para dentro das nossas habitações e renovar. Assim também mudaram as tendências de decoração. Consultamos várias fontes nacionais e internacionais e deixamos agora aqui algumas das dicas do que está In e o que está Out em 2021 na decoração.

Fim do estilo FarmHouse

Um dos motivos para este estilo estar de saída tem que ver com o facto de ter sido amplamente utilizado por toda a gente. O estilo rústico da quinta foi levado em massa para os apartamentos citadinos ou as casas dos subúrbios, o que nada tinha em comum com a urbanidade do ambiente envolvente. Foi tão usado e abusado que está de saída das tendências deste ano.

Fim das cozinhas brancas e de aglomerados de madeira

A aposta nas cozinhas segue para um estilo mais cuidado e original, tendendo para o mármore e o quartzo. É o adeus às cozinhas brancas e estética lisa e minimalista.

Seja para armários, azulejos ou cores de parede, o verde sálvia veio para ficar e trazer o toque ecológico à decoração das cozinhas. Serão também privilegiados os armários mais trabalhados, noutro tipo de materiais mais nobres e pormenores de puxadores e maçanetas diferentes e arrojados.

Fim dos espaços Open Space

A pandemia veio trazer a necessidade de organização dos espaços para uma maior privacidade e separação entre o que é o espaço de habitação e o espaço de trabalho. Tornou-se complicado e quase incomportável perante este cenário ter uma multiplicidade de funções no mesmo local: trabalho, entretenimento, escola, sala de brincar, sala de estar, ginásio, etc. Assim o conceito que até agora tem vigorado vai começar a sofrer alterações com a criação de espaços separados por paredes de vidro ou cimento de forma a ter funcionalidade e privacidade física auditiva para desempenho de outras atividades.

Não será um conceito que irá mudar da noite para o dia mas vai sofrer transformações com toda a certeza.

Fim do mobiliário descartável

Ainda que o impulso seja a compra de mobiliário e acessórios mais económicos no futuro e devido às necessidades específicas dentro de casa a procura vai basear-se na qualidade e longevidade das peças. As pessoas começam a criar uma relação maior com os objetos da casa, principalmente de produtos personalizados, ao mesmo tempo que se alinharam com o mote da sustentabilidade e durabilidade das coisas. O consumo rápido e descartável vai entrar em desuso.

Fim do Minimalismo

A pandemia veio também alertar para o facto de que menos nem sempre é mais quando temos de passar mais tempo dentro das nossas casas e precisamos de um ambiente menos austero. As compras na Amazon durante este período também não ajudaram por isso o que se pretende hoje em dia não é o minimalismo mas sim a organização e funcionalidade. Estamos a virar-nos para um conceito mais “maximalista”. Estamos a deixar os ambientes perfeitos, ultramodernos, de formas perfeitas e intocáveis por ambientes imperfeitos mas bem vividos.

Vai existir uma mistura do antigo e do moderno desistindo dos objetos lacados para os acabamentos mate, opacos, concretos envernizados em paredes, enfim, tudo que dê um ar mais confortável e mais natural.

Cores Neutras

Com a entrada do Maximalismo vamos dar lugar à experimentação. O look neutro, cinzento e frio tem os dias contados. Este ano os neutros serão mais ligados à natureza , tons castanhos serão procurados assim como os verdes. Acabou-se o estilo monocromático com a introdução e mistura de novas cores vibrantes e expressivas aos neutros.

Fim aos falsos plásticos

Acabaram-se as flores de plástico e outros materiais feitos neste material. O futuro é todo ele natural e orgânico por isso todos os materiais decorativos passarão por madeiras, pedra, tecidos sustentáveis e com colorações naturais, não quimicamente produzidos.

As plantas secas são um boa alternativa a não ter de tomar conta de vasos e plantas caso não esteja para aí virado.

Fim às capas de sofá e de cama

Estão obsoletos face à inovação dos novos tecidos de decoração que já apresentam características de alta tecnologia, resistentes às nódoas e aos líquidos por exemplo. Os tecidos hoje em dia são incrivelmente duráveis e resistem desde manchas a comida, líquidos, animais de estimação e crianças. Mudou-se o paradigma!

Fim ao estilo Meio Século Moderno

É um estilo mais que repetido e está a transformar-se em algo diferente e mais interessante de acordo com designer de interiores Alexander Doherty. Começa a existir um retorno à estética do design art deco, muito popular nos anos 30 e 40. Isto traduz-se em elementos de design de linhas verticais, trabalho manual minucioso, formas geométricas arrojadas com ricos acabamentos e também mais esculturais que imitam este período da arquitectura.

Fim às cores escuras

Os tons mais escuros estão fora de moda por agora. São cores demasiado dramáticas e fecham um espaço. Trabalhar remotamente em 2021 faz com que os espaços tenham de ser multifacetados o que não permite o uso de cores escuras em espaços limitados sem que exista de facto iluminação conveniente. Um espaço escuro é menos adaptável.

Criação de espaços de entretenimento em casa

Ficar em casa é a nova tendência alternativa às saídas ao exterior. Tv´s maiores, melhores sistemas de som e vários lugares sentados são uma prioridade. Temos agora uma abordagem mais confortável e funcional quando o cinema, os concertos, o desporto, a cultura e tudo o resto é visto dentro de casa. Aumento dos sofás e dos espaços sentados são uma preocupação de 2021.

Refeições em casa frequentes também passaram a pedir melhores cozinhas, mesas, cadeiras, pratos e faqueiros para relembrar os locais que não podiam frequentar.

No fundo as tendências de 2021 foram toldadas pelos acontecimentos pandémicos de 2020 e que ainda são bem visíveis em 2021. As tendências acompanham o modo de vida das pessoas e adaptação aos novos tempos e realidades é a palavra de ordem.

E agora, que mudanças vai fazer em sua casa?

Fontes: Forbes, Elle Decor, Vogue